sexta-feira, 27 de abril de 2012

SIM, SOU SINESTÉSICO...

Sempre atribuí cores às coisas. Por exemplo, para mim, segunda-feira é verde, terça é branco-gelo, quinta-feira vermelho. O mês de junho é rosa, janeiro é marron e o mês de setembro é amarelo. Loucura?

Nem tanto.




Durante toda minha vida sempre achei que isso fosse meio louco ou uma forma que meu cérebro tinha descoberto para decorar coisas. Quer dizer, ainda não cheguei à conclusão de que não seja realmente louco, mas de todo jeito pelo menos um dos sintomas o qual eu acreditava piamente que fosse um deles acabei de descobrir na revista Mundo Estranho (sic) que se trata de um leve distúrbio comum dos que sofrem de sinestesia.

Sinestesia é um distúrbio neurológico que faz com que o estímulo de um sentido cause reações em outro, criando uma espécie de salada sensorial entre visão, olfato, audição, paladar e tato. O mais comum dos sinestésicos é atribuir automaticamente uma cor para determinado objetivo focado ou sentir cheiros diferentes em determinados lugares, mesmo que não haja nenhum odor. No meu caso isso é quase imperceptível e natural. E ocorre com muitas coisas. Letras, números, mês, dia, ano, palavras, sentimentos... todos eles para mim tem uma cor. Deus? Azul claro. Jesus? Vinho. Número 8? Marron... e por aí vai.

Mas se você achou tudo isso loucura, acredite, eu sou um dos menos sensíveis à sinestesia. Há casos aonde pessoas associam objetos à sons, cheiros e à alucinações. Uma pessoa irritada por sentir cheiro de rosas, ou estabelecer que “José” seja aparente confiável enquanto “João” seja uma pessoa falsa. Há casos aonde pessoas viam bolas coloridas diante de determinados sons. Richard Feynman, um físico vencedor do prêmio Nobel dizia ver letras e números coloridos enquanto dava aulas. Eddie Van Hallen, líder da banda Van Hallen usou seu “dom” de ver notas musicais coloridas para criar a “nota marron” usada em discos da banda. Enfim, se isso é loucura ou não, o fato é que muitas vezes utilizei a minha sinestesia como decoreba em provas e assim por diante. Às vezes sabia diferenciar DNA e RNA apenas pelas cores e me lembrava da solução. Incrível né?



O prêmio Nobel em Física - Richard Feynman - diz que vê letras e números quando dá aulas. 


Ah, só por curiosadade, DNA é verde e RNA é branco-gelo.




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