segunda-feira, 2 de abril de 2012

FILMES PARA TOMAR SUSTOS

                                                            A MULHER DE PRETO


                                                 


Quando o filme fica em segundo plano, e a grande expectativa fica por conta do seu ator principal, corre-se o risco de haver grandes decepções. Neste caso tudo girava em torno de se o ex-bruxinho Harry Potter daria conta do recado ao interpretar um personagem pertubador e passar credibilidade. Pois bem, para alegria geral dos fãs de Daniel Radcliffe, ele surpreende e consegue convencer interpretando um jovem advogado chamado Arthur Kipps, que após a morte da mulher entra em decadência profissional. Pressionado pelo escritório em que trabalha, é obrigado a se dirigir à uma pequena vila para tratar dos assuntos jurídicos de uma velha mansão. Ao chegar lá, percebe que não é bem vindo e que sua presença não causa boa impressão nos moradores, sobretudo, nas crianças, principalmente depois que ele começa a ver uma mulher vestida de preto ao redor da mansão. Logo descobre que existe uma terrível maldição em que ao ser vista por alguém, as crianças da região passam a morrer misteriosamente.

A história é boa, e quem gosta de levar sustos vai gostar muito. A câmera do estreante diretor James Watkins envolve o público movimentando-se bastante, e mesmo utilizando velhos clichês de filmes de terror, ainda ssim, faz pregar boas surpresas. A fotografia, escura muitas vezes com o excesso da utilização da tela azul, cansa em algumas cenas aonde não há sustos aparentes. A cena em que ele passa uma noite na mansão, por exemplo, mesmo previsível, arranca bons sustos e outra cena onde uma senhora é aterrorizada pelo espírito do filho é uma das melhores feitas no gênero.

Se a edição nos premia com bons sustos, a história entretanto desaponta. A roteirista Jane Goldman comete um erro primário em histórias do gênero. Ao beber da fonte das crenças espíritas, é preciso adaptá-las ao público comum, de modo que tanto crentes como descrentes possam entender. Coisas que os japoneses e coreanos - como os Irmãos Pang - sabem fazer muito bem. Desta forma ela cria um grande mistério que é desvendado rapidamente, não causando nenhuma grande surpresa no público, e no fim, a depender de sua boa vontade, por até terminar sem entender o que aconteceu.



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                                                                         11 - 11 - 11



Quando o simbolismo da data recheada de "um" estava se aproximando, ficou óbvio que Hollywood não perderia tempo e lançaria um filme sobre o tema. O perigo nestes casos é que  já que os grandes estúdios fogem desses roteiros produzidos de última hora, cabem às pequenas produtoras fazê-lo e o resultado geralmente é ruim.

Assim, produzido e distribuido por uma produtora desconhecida, tendo no elenco atores desconhecidos e se utilizando do marketing puramente virtual - com quase um ano de antecedencia tinham uma página no Facebook bastante interativa e movimentada - o filme tinha tudo para ser uma grande furada. Mas voilá, 11-11-11 surpreende e acaba sendo uma grata surpresa. Nada assim colossal, do outro mundo, mas embora assuste pouco, tem uma história bem costurada que mantém o suspense e uma revelação surpreendente.

A história se passa em Barcelona, quando após a morte de sua esposa e de seu filho queimados numa casa, o escritor Joseph Crone, que perdeu sua fé em Deus e se tornou um dos maiores defensores do ateismo, vai até à Espanha rever seu irmão, um padre bastante religioso e seu pai que está moribundo numa cama. Não demora muito para ele começar a passar várias situações que estão diretamente ligadas ao número 11. Mesmo sem o apoio do irmão, ele começa a investigar e descobre que a data de 11-11-11, que será em 3 dias, não é uma data comum, mas um aviso de uma grande revolução que pode desencadear o inicio do domínio do mal na terra e ele precisa evitar.

A produção é barata, por isso mesmo, os atores são meio ruins e a parte técnica pior ainda. A fotografia não empolga,  o filme é mal iluminado, mas acreditem, a história compensa. Mas se durante as cenas finais você tiver uma sensação de Deja-Vú, achando que está assistindo Jogos Mortais, não se assuste (sic), é que o roteirista Darren Lynn Bousman é o mesmo e utiliza o formato similar para revelar o mistério que cerca a data.  Enfim, é um filme que eu recomendo.



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                                                                  A SÉTIMA ALMA



Mas se você quer uma coisa mais leve, mais jovem, bem ao estilo de "Pânico" pode assistir a mais recente produção do mesmo diretor, Wes Craven. A pequena cidade de Riverton, era atormentada por um estripador, até que misteriosamente ele sumiu e foi dado como morto. Na mesma noite, sete crianças nasceram no hospital da cidade, na mesma hora, e graças à superstição popular, crescem cultuados aonde todo o ano os jovens da cidade fazem uma festa em homenagem ao Estripador. Contudo, 16 anos depois, mortes horrendas começam a acontecer e logo é atribuida ao estripador. Será que o psicopata sobreviveu e voltou para aterrorizar os habitantes. O que os sete jovens que nasceram no mesmo dia do seu desaparecimento tem a ver com isso? Bug, um jovem tímido e inseguro, que passa a ter terríveis pesadelos sobre os crimes, que acabam acontecendo, é por ser um destes sete adolescentes, e à medida que as mortes vão acontecendo, caberá a ele desventar o grande mistério que cerca todos esses assassinatos.

"É um filme de Wes Craven", diria um fá mais exaltado. Talvez por isso mesmo, eu particurlamente não tenha me empolgado tanto. Embora as conclusões sejam sempre surpreendentes, a velha fórmula "assassino-mata-adolescentes-gritantes", tipo, já encheu a paciência graças justamente a sua maior galinha de ovos de ouro, a série Pânico. O filme tem de tudo, loiras burras que são assassinadas, jovens playboizinhos metidos a rebeldes, a menina linda que é o grande amor da vida do mocinho, e claro, sangue, muito sangue. Bem, pra mim é uma fórmula desgastada, mas para quem gosta do estilo de terror popularizado com filmes como Pânico, Dias dos Namorados Macabro e afins, vão gostar muito. O final surpreende, apesar de tudo.




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