sábado, 24 de novembro de 2012

SAGA CREPÚSCULO: AMANHECER, PARTE II






Não estava nos meus planos comentar sobre Amanhecer Parte II, primeiro porque 2/3 do planeta irão assistir o filme, segundo porque independente do que seja dito, assistirão de qualquer jeito e não é minha humilde opinião que faria diferença. Mas como baixei a trilha sonora do filme  e as canções  me fizeram recordar cenas - aliadas a minha insônia, eterna companheira - decidi comentar o que achei da produção.
 
Pra começar, como já comentei nos filmes anteriores, vale informar que li o livro - todos os quatro - e embora tenha gostado da história como um todo, minha opinião sobre Stephenie Meyer não mudou. Ela é uma escritora fraca que deu certo, o livro tem vocabulários pobres e  diálogos fracos,   açucarados demais para teenagers. Mas a história é boa e tinha tudo pra ser uma grande sacada. Achei Crepúsculo interessante, gostei de Lua Nova, achei que Eclipse foi legalzinho, mas Amanhecer foi uma leitura horrível. Sono, tédio, enfado,  pulei várias páginas, finais fáceis, uma mistura absurda de pedofilia com canibalismo, enfim, um samba do vampiro doido! Quando anunciaram que fariam duas parte do livro, a primeira coisa que imaginei era como conseguiriam criar um roteiro interessante em cima da falta de algo cinematográfico? E é justamente isso que tornou o filme interessante. Pela quinta vez consecutiva, pontos para a roteirista Melissa Rosenberg, que tirou água da pedra e pegou uma história fraca e transformou num filme de final épico.


Todos os vampiros são caricatos, mas as amazonenses e
a tribo brasileira que aparece em cena foram as mais risíveis. Tinha que ser né?

 
Nesta sequência começamos do momento em que após ter o bebê Renesmee, Bella "morre" e acorda como vampira. Ela é apresentada à família, coisa e tal, e a primeira coisa que percebi  é a maquiagem dos atores que não está tão carregada como nos filmes anteriores. O filme segue o roteiro padrão do livro: ela descobrindo seus poderes, Jacob descobrindo que ama Renesmee e que quando crescer se casará com ela, tudo muito bonito até que após uma denúncia de Irina, uma vampira prima dos Cullen, os Volturi - uma espécie de conselho fiscalizador dos vampiros no mundo - decide ir à cidade de Forks conhecer a filha de Bella e Edward. Na verdade querem matá-la, graças a uma lenda de que crianças vampiras podem denunciar a existencia deles para o mundo, e quem sabe, oportunamente,  levar Alice, já que seu poder de prever o futuro é almejado pelo seu chefe maior, Aro. Sabendo que serão massacrados, os Cullen decide convidar o maior número de vampiros, para que eles sejam testemunhas de que a filha deles não é uma vampira, mas inevitalmente, devido a intolerância dos Volturi, sabem que o encontro pode gerar um confronto sangrento.
 
O que algumas fãs fanáticas odiaram foi justamente o que salvou o filme; as intervenções de Melissa na história original. Assim como aconteceu na primeira parte do filme, como na cena do casamento, ela recheou de diálogos e situações cômicas, e assim deixou menos entediante.  Achei meio hilária a cena em que Bella sai pra caçar, mas a tensão familiar ficou mais tocante, principalmente a relação entre Bella e a filha. A forma como os novos personagens são inseridos na história ficou bem interessante - apesar das vampiras amazonenses que ficaram muito mal caricatas - e principalmente a cena de batalha que no livro é apenas insinuado, mas no filme acontece de verdade (sic), deixando chocadas muitas fãs.


A batalha final entre os vampiros compensa o ingresso, claro, pra você cara,
porque sua namorada vai achar o filme todo lindo.
 
 
As cenas de batalha são muito bem feitas, e até de certo modo violentas para o padrão que o filme seguiu até agora. As interpretações, bem, não se pode exigir muito. Robert Pattinson já demonstrou ser um grande ator, principalmente no recente Cosmopolis, mas parece que em Crepúsculo ele simplesmente não funciona. Kristen Stewart nem se fala!  Taylor Lautner parece que colocou botox no rosto e não muda expressão por nada, já que basta tirar a camisa que ninguem exigirá nada dele. Os demais estão todos caricatos, nem mesmo a prodígia Dakota Fanning se salva. A exceção é do inglês Michael Sheen que interpreta o "vilão" Aro - que só aceitou fazer o papel por insistência de sua filha e  talvez por não se levar tão à sério, é o melhor em cena.  Os efeitos especiais estão bons para o padrão, nada de muito extraordinário, só senti que não deram muita atenção aos lobos. Nos filmes anteriores eles chamavam a atenção, e neste ficaram meio que em segundo plano, salvo na cena de batalha, que aí não tem jeito, eles se compensam.
 
A trilha sonora, esta sim, é a melhor de todas! Ao contrário das anteriores que você tirava uma música aqui e ali, neste, todas são perfeitas.  O único artista conhecido é o Green Day, que participa com a canção tema do filme "Forgotten",  mas todas  as outras,  seguindo o padrão gótico e melódico, também são lindas, especialmente "Where I come from" de Passion Pit, minha preferida, "Antidote" de St. Vicent e "A thousand years pt.2" de Christina Perri e Steve Kazee que encerra o happy end do filme.

Enfim, gostei da conclusão da saga. Muitos machistas vão ficar criticando, mas é só clichê. O filme é bom. Claro que não é nada extraordinário, salvo se você tiver 15 anos e seja muito fã da série. É um bom filme e se você for homem não vai se sentir assim tão entediado quando estiver assistindo ao lado de sua cara metade.
 
 
 

Ouça todas as canções do novo filme aqui.





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