sexta-feira, 30 de agosto de 2013

TERAPIA DE RISCO | Crítica





Adoro filmes de suspense com reviravoltas bem amarradas e que prende o telespectador até o fim. Este é o caso de TERAPIA DE RISCO (Side Effects, 2012) que pega carona na doença do nosso século, a depressão, a obsessão das pessoas por antidepressivos e na ganancia da indústria farmacêutica para contar um ótimo thriller policial. 

A trama gira em torno de Emily Hawkins (Rooney Mara), uma mulher jovem e bonita mas que entrou em depressão depois que seu marido Martin (Channing Tatum) é preso pelo crime de corrupção e tráfico de influências. Mesmo depois que ele é solto, Emily continua tendo crises de depressão e quando tenta cometer suicídio acaba sob cuidados do psiquiatra Dr. Jonathan Banks (Jude Law) que depois de tentar vários medicamentos, lhe receita uma nova droga experimental que lhe cura, mas causa efeitos colaterais como sonambulismo. Apesar disso, Banks insiste no medicamento até que uma tragédia acontece; Emily sob efeito do medicamento mata a facadas seu marido. 


Rooney Mara está excelente transmitindo a agonia da depressão...


Acusada de assassinato, caberá a Banks a difícil tarefa de mostrar que Emily é inocente ao mesmo tempo que terá que enfrentar os dilemas éticos de sua profissão e contará com a ajuda da antiga psiquiatra, Dra. Vitoria Siebert (Catherine Zeta Jones).

Este foi prometido como o último filme de Steven Soderbergh (Sexo, mentiras e videotape; Onze Homens e um Segredo), e se for, se despede com um ótimo filme de suspense com um roteiro bastante amarrado com algumas reviravoltas interessantes. 

ao lado de Jude Law, que transmite credibilidade ao seu personagem. Aqui ao lado de Catherine Zeta Jones...
O filme começa meio devagar mostrando os efeitos da depressão e de como a indústria farmacêutica lucra com isso. Rooney Mara, que surpreendeu a todos na versão americana de Lislibeth de O homem que não amava as mulheres está excelentíssima, numa interpretação fantástica que acaba levando o público a acompanhar sua agonia depressiva.  Jude Law, também é outro que não decepciona. Quando o filme finalmente "acontece" passamos a entender o drama que envolve seu personagem, que para não ser prejudicado, acaba tendo que correr contra o tempo para não prejudicar sua vida profissional, como também familiar.



...que junto de Channing Tatum viram meros coadjuvantes.

Catherine Zeta Jones - onde parece que finalmente a idade chegou - está regular, fazendo o básico que lhe é exigido. Tatum é que fica meio perdido, num tipo de papel que não lhe coube e acaba virando o coadjuvante do coadjuvante. 

Por fim, Terapia consegue iniciar meio insosso, mas prende quem assiste à medida que se desenvolve. Um excelente filme para se imaginar até onde pode ir à mentalidade humana. 


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