segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

UMA QUESTÃO DE TEMPO | Crítica de Cinema

"Viajamos juntos no tempo,
de verdade,
quando aproveitamos cada vez mais 
o presente,
quando vivemos esse momento." 







Eu assistiria Uma Questão de Tempo  por dois motivos: por ser uma comédia romântica britânica, que ao contrário do que faz Hollywood, não é recheada de clichês; e segundo, por ter o sorriso da belíssima Rachel Mcadams.Como toda produção inglesa, que sabe misturar comédia com diálogos ácidos com um o romantismo tocante, esta não decepciona.

Tim (Domhnall Gleeson) é um jovem inglês comum, que aos 21 recebe a seguinte notícia de seu pai, simplesmente chamado de "Dad" (Bill Nighy): eles podem voltar no tempo. Tímido e desajeitado, sua primeira decisão ao saber disso é usar seu dom para arrumar uma namorada. Neste ínterim ele conhece a doce americana Mary (Rachel McAdams). Apaixonado, Tim utiliza seus poderes para conquistá-la. 





Em princípio você achará a história boba e repetitiva, mas não é. Lembrará de muitas comédias clichês de Hollywood, mas aqui, Richard Curtis (o mesmo diretor e roteirista de Simplesmente Amor) segue uma linha totalmente diferente das produções americanas. Para começar é um filme inglês (tá bom, sou suspeito, adoro os ingleses). Mas Curtis, para quem não está familiarizado, foi o mesmo que escreveu filmes como Um lugar para Nothing Hill, Quatro casamentos e um funeral e O Diário de Bridget Jones.

Uma Questão de Tempo é sobretudo uma comédia romântica que celebra a vida. Com diálogos inteligentes e divertidos, os atores centrais, pai e filho dão o tom da história. A primeira tentativa de Tim ao utilizar seu dom para conquistar a belissima Charlotte é frustrada. "Aprendi que viajar no tempo várias vezes nunca vai fazer alguém amar você". Com essa lição Tim aprende que pode corrigir pequenos erros, mas que a essencia da vida continua a mesma e que se você não muda o seu íntimo, as coisas continuarão sendo iguais. Que a vida é verdadeiramente vivida à medida que se aprende na prática com ela. 



O elenco, com exceção de Rachel, é totalmente britânico e todos brilham como excelentes coadjuvantes. Assim como em outras produções, existem personagens ambíguos como o grosso mas cativante Harry, interpretado com maestria por Tom Hollander. Outro que nos encanta é o tio de Tim, que é filmente interpretado por Richard Cordery, que costuma ter ataques de amnésia. A cena em que ele declara seu amor pelo pai de Tim emociona o mais duro dos mortais. Enfim, todos estão perfeitos!

A trilha sonora é bastante eclética e vai desde ao rock do The Killers, passando pela voz poderosa de Amy Winehouse, mas desembocando mesmo no melhor de Jimmy Fontana, aquele que como o pai de Tim diz, tem a melhor voz da Itália e que embala o casamento com a belíssima "il mondo". Além de Nick Cave que com "into my arms" embala outro momento emocionante do filme.




Enfim, é uma produção cativante que vai muito mais além da comédia romântica. É uma história de amor sob todos os ângulos. Amor romântico, amor fraternal, servindo como pano de fundo para uma história de vida. A mensagem final do filme de que por mais tortuosa que seja a vida precisa ser vivida é o maior trunfo do filme que vai emocionar muita gente.

2 comentários:

Anônimo disse...

André, sua mãe sabe que vc passou a dar o cú depois de velho? Que decepção!!!

Anônimo disse...

Seu pai soube da sua orientação sexual quando estava vivo? Espero que não porque seria uma enorme decepção para um chefe de família honrado. Tem algum motivo ou explicação para o pessoal insistir que vc é gay.

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