sábado, 7 de julho de 2012

CRÍTICA: O ESPETACULAR HOMEM ARANHA





Homem-Aranha sem Tobey Maguire, sem Mary Jane e com um monte de atores “desconhecidos”. Essa releitura do aracnídeo deve ser uma furada, você pode pensar, mas deixe seus preconceitos de lado.  Por incrível que possa parecer o “novo” Homem-Aranha agrada, mesmo que tenham violado um pouco os personagens dando-lhes novas personalidades. Desde que a Marvel foi comprada pela Disney, sempre houve uma preocupação de que ela estragasse as franquias dos heróis mais populares das HQ.  Entre mortos e feridos (versões de Spawn e Justiceiro foram vetadas pela Disney por serem considerados heróis violentos), tivemos boas produções como Os Vingadores e as duas franquias de Homem de Ferro e o último X-Men.  O medo em torno do novo Homem-Aranha estava baseado no que a Disney fez a Hulk, trocando sem pudor nenhum Edward Norton por Mark Ruffalo em Os Vingadores, mas como vimos, para nossa alegria, ninguém sentiu a diferença.


O ESPETACULAR HOMEM ARANHA marca a estreia do diretor Mark Webb em superproduções, o que é interessante, uma vez que ficou famoso graças a comédia “500 dias com ela”. A história é aquela velha conhecida dos fãs: Peter Parker é um jovem estudante mediano, fanático por fotografias, que é apaixonado pela sua colega de classe, a loura Gwen Stacy, filha do Capitão da Polícia de Nova York, George Stacy. Parker mora com os tios Ben e May, deixados quando ainda era criança pelos pais que acabam morrendo depois num acidente. Num belo dia, Parker descobre que seu pai era um cientista que trabalhava junto com outro cientista, Dr. Curt Connors,  que havia perdido parte do braço direito na guerra do Vietnã, e juntos, estavam pesquisando sobre a possibilidade de unir genes de espécies diferentes com o objetivo de curar doenças das pessoas.  Quando Parker decide conhecer o Dr. Connors nos Laboratórios da Osbourne, entra numa câmara de aranhas radioativas que acaba picando e deixando-o com super poderes. Enquanto isso, destinado a recuperar a mão decepada, Connors efetua uma pesquisa aonde os genes do lagarto possa ser misturada a de outro ser, fazendo com que regenere membros perdidos.  Ao se utilizar como cobaia, acaba se tornando o perigoso Lagarto, um dos vilões do aracnídeo.

Apesar de ser mais fiel à história O ESPETACULAR HOMEM ARANHA comete algumas falhas, sobretudo ao mudar a personalidade de muitos personagens.  Mas se você não é um fã que acompanha as histórias pelos Quadrinhos, não vai se importar muito.  Ele parte da adolescência de Peter Parker, mas ele não é assim tão atrapalhado e nerd como devia ser. Embora Andrew Garfield não seja assim um galã, mas ele anda de skate, veste roupas descoladas e até usa lente de contatos! Tobey Maguire, apesar de sua cara de adulto-retardado, convencia mais. Gwen Stacy é banalizada sendo retratada como uma adolescente nerd, mas que se encanta como uma menina apaixonada por Parker, diferente da original que tinha uma personalidade mais forte e implicava sempre com Parker se tornando seu ponto de equilíbrio. O Dr. Connors é mostrado como um cientista que busca curar seu braço decepado, apenas, não entra na questão familiar que realmente o motivou a se tornar o Lagarto, mas enfim, não vai impactar para a maioria que só conhece o herói pelos desenhos animados da Globo.


Pelo menos houve algumas correções importantes:  o lançador de teias passa a ser o velho mecanismo criado por Parker ao invés de ser algo natural lançado dos pulsos dele. Parece bobo, mas revoltou muitos fãs na versão anterior. E por fim, corrige-se outra referencia absurda: a de que ele se tornou Homem Aranha enquanto namorava Mary Jane. Ela só aparece na vida de Peter Parker anos depois, quando já formado, ele passa a trabalhar no Clarim Diário como fotógrafo.

Ta bom, embora a Gwen não seja exatamente com a descrita nos quadrinhos mas tê-la na história já é uma grande correção histórica. Flash Osbourne é mostrado como um garoto mimado, filhinho de papai, que gosta de zoar com nerds e quase tem uma passagem secundária. Dr. Connors é mostrado apenas como um cientista disposto a curar seu braço, desconsiderando todo o foco em sua família, motivo que o incentivou a se tornar o Lagarto.  Achei desnecessária mostrar novamente como Peter Parker se torna o Homem Aranha, uma vez que a história é batida. Poderiam pode exemplo, já começar com ele sendo o aracnídeo, Tio Ben morto e tudo mostrado em flashbacks,  mas somos levados a uma sensação de deja-vu vendo tudo de novo.

O filme, ao contrário da maioria, foi todo filmado em 3D, o que nos dá aquela sensação de profundidade (principalmente nas cenas noturnas) que os filmes transformados não tem. O elenco está razoável: Garfield não está nem pior e nem melhor,  mas interpreta PP com segurança;  Martin Sheen fez um excelente Tio Bem, do jeito que conhecemos nas HQ,, mas Sally Fied exagera um pouco e não convence muito como Tia May.  Emma Stone está longe da Gwen Stacy original, mas se sai bem levando em consideração que ela está fazendo apenas aquilo que o diretor mandou. Mas o destaque mesmo vai para Rhys Ifans, que assim como muitos flmes de heróis segue o padrão “curinga” do Batman e rouba a cena como o vilão.

Enfim, é um filme que não é assim um espetáculo, mas consegue manter viva a chama sobre o herói.  Vale à pena gastar o ingresso.

CURIOSIDADES:


- Dr. Connors aparece nos filmes anteriores numa pequena participação interpretado por Dylan Baker. No II ele é professor de Parker na faculdade e no III é mostrado investigando a Simbiose Negra que dá origem ao Homem Aranha Negro. Se a franquia fosse seguida, ele seria o próximo vilão.

- Gwen Stacy aparece em Homem Aranha III como a “ex-namorada” de Parker, interpretada por Bruce Dallas Howard que acaba formando um triangulo com Mary Jane!



Um comentário:

Anônimo disse...

Sports Betting - Mapyro
Bet the moneyline 출장샵 from 1:25 PM to 바카라 사이트 11:00 PM. See 와이즈토토 more. ford escape titanium MapYO Sportsbook features live odds, live streaming, and detailed 1xbet 먹튀 information.

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...