sábado, 8 de setembro de 2012

SÍNDROME DE AFONSINHO





No divertidíssimo filme E aí, comeu? tem um personagem curioso e engraçado interpretado por Emilio Orciollo Neto chamado Afonsinho. Alguns amigos assistiram o filme e me ligaram dizendo que ele era a minha cara. Não sei por que!, afinal ele é rico, tem um carrão e vive cercado de mulheres, bem diferente da minha realidade.  Acredito que a similaridade seja muito mais pelo fato dele, assim como eu, estar escrevendo um livro que nunca termina.
 
Mas o que me fez lembrar do Afonsinho? Uma coisa bastante peculiar que ocorreu comigo hoje no supermercado. Afonsinho é o tipo solitário que tem dificuldade de se envolver romanticamente com alguém, assim, prefere se envolver sem se apegar com mulheres casadas. Sua tática é no mínimo engraçada: se finge de pai atencioso e vai em busca das mulheres na porta das escolas. Como a maioria das mulheres de meia idade são frustradas ou desanimadas em seu casamento, acabam caindo na conversa dele de carência afetiva e a busca pelos valores familiares.
 
Hoje fui no Extra Supermercado fazer algumas comprinhas básicas. Uma pessoa diz que costumo fazer compras à granel, verdade, mas resolvi comprar algumas coisas à mais. Não sou bom de escolher frutas e legumes, por exemplo, e estava tentando ver qual seria as melhores cebolas e tomates disponíveis. Eu tenho mania de escolher mal e por isso resolvi perguntar a uma senhora ao meu lado se o tomate escolhido era bom. A tal senhora, devia ter uns cinquenta anos, simpática, gentilmente me ensinou como se escolhe não só bons tomates, mas cebolas e batatas também. Foi quando outra mulher, devia ter uns quarenta anos, possivelmente casada, afinal tinha uma aliança enorme no dedo da mão esquerda, também se aproximou  começou a dar dicas. Não demorou muito para eu estar no meio de três mulheres interessadas em me mostrar como escolhe a horta inteira! Me senti o Adão no meio do paraíso hortifrutigranjeiro. Pena que não gosto de mulheres mais velhas que eu, e principalmente, casadas.  Mas me lembrei na hora do Afonsinho e o riso foi natural.
 
Enfim, se o Afonsinho  existisse de verdade, eu o procuraria e daria dicas pra ele. Em vez de ir para a porta de escolas, ele poderia ir para a seção de legumes dos supermercados. É tiro e queda!
 
 
 

2 comentários:

Fillipe Mak disse...

Kkkkkkk
Tá atacando hein...
Tadinha das velhinhas indefesas e 'bem intecionadas'.
hauehaueh

Clarisse Reis, a senhora Robinson disse...

Acho que no supermercado o flerte é mais digno do que na porta de escola, como no filme rsrsrs Ê André....Garanhão!

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