sábado, 23 de junho de 2012

MEDO DE AVIÃO

♫ Foi por medo de avião,
que segurei pela primeira vez a sua mão. ♪
- Belchior





Sim, eu e Belchior temos algo em comum. Detestamos viajar de avião. Agora me julguem! O fato é que embora digam que o avião é o segundo meio de transporte mais seguro que existe - perdendo apenas para o elevador - eu poderei ter viajado mil vezes, ainda assim, terei medo do tal desgraçado. Eu acredito na máxima de que se Deus quisesse que voássemos, nos teria criado com asas. Mas ainda assim chegar na Bahia em pouco mais de uma hora e meia é melhor do que passar 24 horas viajando de ônibus pelas maravilhosas estradas federais sem buraco algum.

Todas as vezes que viajo para Salvador é um tormento. Antes mesmo de entrar na aeronave minha imaginação toma conta de mim. Começo a imaginar acidentes, turbulências, quedas, coisas até inimagináveis. Coração pula na subida, acelera nas turbulências e falta sair da boca, principalmente, nas aterrissagens. Se uma aeromoça olha diferente ou abre a porta da cabine, eu já penso que algo de errado está acontecendo. Se o avião se inclina para corrigir seu posicionamento eu já acho que ele vai virar. Se o motor faz um barulho diferente, já acho que a turbina parou. A asa chacoalha e eu já juro que ela está se soltando. E para piorar toda a situação, viajar de avião à noite é a pior coisa que existe. A temperatura baixa aumenta os ventos que por sua vez, aumenta as turbulências. Na primeira grande sacudidela que ele deu no ar e o comandante pediu para apertarmos o cinto, a primeira coisa que veio em minha mente:

- Pronto, fudeu tudo! Vou morrer desassociado, vou morrer sem ver o Vitória ser campeão brasileiro, vou morrer sem me despedir das pessoas que amo, vou morrer...


Pior de tudo isso é passar pelo tal "atraso de voo". Bastou eu dizer que nunca sofri com isso, que meu voo de volta à minha amada Brasília atrasou 3 horas. Saí de Salvador às 23:35 e cheguei na Capital do meu país às 01:27. Depois de mais meia hora - meia hora, sem exageros - esperando minhas malas na esteira, chego às duas horas com a mensagem de meu irmão dizendo que só poderia ir me pegar às 06 horas. Me senti o Tom Hanks no filme Terminal, perambulando pelas lanchonetes, livrarias e banheiros do grandissíssimo Aeroporto Internacional. Só faltou a Catherine Zeta-Jones para transformar minha chegada numa recepção em alto estilo!

Assim, meio contrariado, no país que sediará a Copa das Confederações e a Copa do Mundo, entrei para as estatísticas dos passageiros que sofreram com atrasos nos voos. Pior ainda, entrei para a estatisticas dos passageiros que já dormiram em aeroportos.

Pelo menos, são e salvo, até a próxima viagem.

E viva o Brasil!







Um comentário:

Fillipe Mak disse...

kkkkkkkkk
Mt bom!!!
Rachei o bico d tanto rir.
Seu molengão.

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